Auschwitz e Birkenau – Conhecendo um campo de concentração – Dia 2
Viagem a Suíça, República Tcheca e Polônia. Dia 12
Auschwitz
Hoje foi o dia de recordar a maior tragédia que a história humana já viveu. Dia de conhecer a rede de campos de concentração de Auschwitz e Birkenau, o maior deles criado pelo regime nazista.
Para visitar o campo é obrigatório agendar pelo site oficial. Eles só deixam entrar no horário marcado. A entrada é gratuita se for por conta própria.Se desejar um tour guiado, terá que se juntar a um grupo e pagar 40 zlotys. Você receberá um radinho com headphone e será acompanhado por um guia durante todo o tempo da visita. Os tours estão disponíveis nos seguintes idiomas: inglês, francês, alemão, italiano e espanhol e incluem os campos de Auschwitz e Birkenau.
Para ir de ônibus é super simples; eles saem de 30 em 30 minutos. Na rodoviária de Cracóvia, Krakow Glówny, pergunte no guichê de informações de qual plataforma sai o ônibus para Auschwitz (Oswiecim). O ticket é pago dentro do ônibus para o próprio motorista, e só conseguimos comprar o ticket de ida. Como o horário de visita é reservado, tente chegar com antecedência ao Campo pois a fila pode ser grande.
Ônibus Cracóvia x Auschwitz PLN 14,00
O trajeto, que foi de 1:30h foi super tranquilo. Como estava nevando muito, a paisagem estava linda. O ponto de chegada é o Auschwitz I; é fácil saber pois todos descem aqui. Esse é o mesmo ponto que se pega o ônibus para Birkenau e de volta para Cracóvia.
A entrada do campo tem uma segurança pesada como aquelas de aeroportos. É proibido entrar com mochilas e bolsas maiores; então vá preparado ou deixe seus pertences em um locker (PLN 3,00). Decidimos fazer a visita por conta própria e achamos que valeu a pena. Durante o trajeto de visita, existem diversas placas com explicações sobre os respectivos lugares, assim como imagens e mapas que auxiliam na visita. Mas, com certeza, a visita com um educador será mais rica e até mesmo breve, pois eles sabem exatamente aonde ir, principalmente no enorme campo de Birkenau.
Passada a segurança, começamos nossa jornada pelo Campo de Concentração Auschwitz I. O campo foi criado em 1940 para receber os presos políticos poloneses, que já não cabiam nas prisões locais. Em 1942 passou a funcionar também como campo de extermínio e, com a construção do Birkenau (Auschwitz II) matou mais de um milhão de pessoas, em sua maioria judeus. Tudo a comando de Hitler. Em 1945, com o fim da guerra, os alemães tentaram destruir os campos e documentos, na tentativa de esconder as atrocidades e crimes que aconteceram ali. Alguns sobreviventes foram libertos e outros tornaram-se prisioneiros da antiga União Soviética.
Dentro das construções existem várias fotos das atrocidades que ali aconteceram, documentos e até pertences dos prisioneiros. É impressionante a quantidade enorme da amostra de materiais, cada mala pertencia a uma pessoa que morreu ali. São milhares delas!
Os prisioneiros que chegavam ao campo formavam duas filas. Aqueles aptos para o trabalho, eram registrados com foto e medidas para possíveis experimentos médicos; e os fracos, velhos e crianças eram encaminhados para as câmaras de gás. Lá eles eram avisados que tomariam um banho desinfetante e então morriam asfixiados por um pesticida chamado zyklon B. O tempo gasto entre a ingestão do gás nas câmaras e a morte definitiva das pessoas era de 20 minutos.
No Auschwitz I ainda existe, para visitação, uma câmara de gás com crematório, onde eram eliminados os corpos. Como esse campo não foi criado para o extermínio, foi construída a unidade dois (Birkenau).
Auschwitz II – Birkenau
Para ir ao campo Birkenau aguardamos o ônibus no ponto onde descemos (acredito ser o único ponto em frente ao Auschwitz I). O ônibus é grátis e gastou uns 10 minutos para chegar ao Birkenau, um campo a perder de vista.
Em Birkenau, andamos por entre os pavilhões, muitos já destruídos pelos próprios nazistas para apagar os vestígios. As câmaras de gás e crematórios também foram destruídos. É possível ver em um mapa na entrada do campo aonde essas câmaras se localizavam; hoje são só ruínas. Alguns alojamentos, latrinas e barracas se encontram de pé e é possível ter uma ideia bem de longe de como era a vida dessas pessoas.
O lugar é pesado por si mesmo e ouvir as histórias que aconteceram ali nos faz refletir até onde o ser-humano pode chegar. No meio do campo encontra-se um dos vagões de trem usados para transportar centenas de seres-humanos, sem janela, sem lugar ou espaço para se sentar, uma verdadeira atrocidade.
Esse passeio de nenhuma forma é prazeroso, mas sinto como se fosse um mau necessário para nos manter alertas sobre as consequências de um preconceito pesado, injustificável e a falta de amor. Sabermos do passado para ficarmos alertas no futuro.
Pegamos o ônibus de volta a Auschwitz II e em seguida de volta a Cracóvia, todos no mesmo ponto. Chegamos na rodoviária à noite. Atrás dela está o gigantesco shopping Krakowska Galerie. Aproveitamos o dia nevado e gelado para comer por lá.
Confira o que fizemos nos outros dias na Cracóvia:
Polônia
Viajando de Praga a Cracóvia – De ônibus
Cracóvia 4 Dias – Centro Histórico, hospedagem, restaurantes.
Auschwitz – Conhecendo um campo de concentração – Dia 2
O Bairro Judeu e a Fábrica de Schindler – Dia 3
A Mina de Sal em Wieliczka – Cracóvia – Dia 4
República Tcheca
Praga: 5 dias
Dia 1: Hotel, Cambio, Apple museum, Restaurante JazzPraga
Dia 2: Old Town Square, Castelo de Praga, Ponte Carlos, Malá Strana, Mosteiro de Strahov
Dia 3: Bairro Judeu, Praça Venceslau, noite em Praga
Dia 4: Cabeça de Franz Kafka, Casa Dançante, Noite em Praga
Praga – Dia 5: Mercado Havelska e compras,Cisnes, Ilha de Kampa, Muro de Jonh Lennon
Suíça
Dia 2 – Grindewald, Lauterbrunnen e Berna
Viagem em Novembro/Dezembro de 2017